A tradição manda que a despedida do ano velho se faça acompanhar pelas 12 passas e pela taça de champanhe. São costumes que se repetem todos os anos, assim como a lista de resoluções ou de previsões. Sem bola de cristal, mas com algumas certezas, um artigo da Inc. socorre-se da experiência de quem sabe o que faz e o que diz, para revelar as tendências tecnológicas que estão a chegar. Salientamos algumas.
De um dos antigos responsáveis pela segurança interna nos EUA, Amit Yoran, atual CEO da Tenable, vem a certeza que os ataques cibernéticos vão chegar ao mundo real. “Já vimos os danos que um ataque de ransomware pode causar nos ativos digitais de uma empresa, mas o que acontece quando nos movemos para além do ciberespaço, no mundo real? De ataques à produção e equipamentos, estamos a falar de eventos extremamente caros e prejudiciais, que têm o poder de encerrar completamente as operações de negócios. Infelizmente, este pode ser o ano do cyber wake up call para o qual há anos a indústria tem alertado.”
Derek Choy, CIO da Rainforest, considera que o mundo está “a despertar para o facto de a segurança de dados ser um problema crítico, que precisa de ser incluído mais cedo no processo de desenvolvimento”. O que significa que, em 2019, as empresas vão implementar o que aprenderam sobre como evitar erros e como codificar falhas de segurança nos seus sistemas.
O sucesso dos clientes será a nova fonte de crescimento para as startups, garante Dale Chang, da Scale Venture Partners. “Sem uma base estável de clientes, as empresas não podem crescer tão rápido (…). Em 2019, veremos uma nova lente na economia do cliente, da rotatividade à retenção e crescimento”.
O espaço de trabalho vai evoluir, graças ao advento da “Inteligência Artificial e do software de automação, que significa que os humanos se estão a afastar das tarefas repetitivas e estão cada vez mais focados em tarefas que só os seres humanos podem fazer: pensar criativamente e interagir com outros seres humanos. Para os espaços de trabalho, isso significa que as pessoas passam menos tempo sentadas nas suas mesas e mais numa diversidade de espaços”, refere Dror Poleg, consultor imobiliário e de estratégia da Breather.
Não há dúvidas, pelo menos para Jeremy Auger, cofundador e diretor de estratégia da D2L, que as soft skills se vão tornar um fator diferenciador. “As competências técnicas têm sido o santo graal da contratação nos anos anteriores, mas essas competências diminuem rapidamente”, afirma. “A capacidade de adaptação será a competência mais duradoura nos próximos anos, já que a capacidade de aprender e de se ajustar se torna mais importante do que qualquer outra.”
Fonte: Inc.