Para as crianças desta geração a tecnologia faz parte do seu dia-a-dia, por isso é que Hugo Ribeiro estranhou que o brinquedo de eleição das suas filhas fosse o iPad. No entanto, o que o preocupou foi a falta de interação das crianças com brinquedos reais, que pode resultar numa perceção espacial pouco desenvolvida. Foi a partir deste impasse que Hugo desafiou Pedro Branco, professor universitário e investigador, e Carina Figueiredo, com experiência de interação com crianças através da componente tecnológica a criarem juntos um sistema que permitisse juntar os dois lados da brincadeira. Surge assim magikbee, com três jogos: Hidden Shape, para crianças entre os 3 e os 5 anos, Dino Blocks, dos 4 aos 6 anos e Runaway, dos 5 aos 8; e um kit de brinquedos de madeira que interage com o tablet, onde estão instalados os jogos, assim as crianças não perdem nenhuma das dimensões.
“O nosso objetivo foi criar jogos para crianças de todas as idades, de maneira a que elas gostem, consigam fazer interagir objetos reais com a tecnologia. Nos níveis mais avançados, as crianças vão ainda precisar de adultos para conseguirem passar de nível, o que faz com que integrem adultos nas suas brincadeiras”, explica o cofundador do projeto.
Por enquanto, a equipa da startup continua a trabalhar no registo das patentes e, por isso, pouco pode adiantar acerca da tecnologia, e para conseguirem produzir os primeiros 5000 kits, os fundadores da magikbee avançaram com uma campanha de crowdfunding na plataforma IndieGogo, uma das mais concorridas a nível mundial, que tem como objetivo angariar 37 mil dólares até 20 de janeiro.
Fonte: Dinheiro Vivo