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Biodevices: Quem ainda não conhece a Vital Jacket?

Renato Povoas - Managing Partner Têxtil 2012-01-24

Fonte: DN

A Biodevices é uma inovadora empresa nacional que nasceu em Aveiro e comercializa um produto que veio revolucionar a vida de quem tem problemas cardíacos. A ideia é muito simples e partiu de um grupo de investigação universitário: criar um sistema de eletrocardiograma em ambulatório fácil de usar no dia a dia. O resultado foi a Vital Jacket, uma T-shirt muito confortável e adaptável a qualquer situação do quotidiano. Este produto comporta o sistema Holter, ou seja, permite o registo contínuo do ritmo e da frequência cardíaca, tal como num eletrocardiograma, mas durante o período de 24 horas.

Em 2007, a Vital Jacket chegou pela primeira vez às bancas, através da empresa Biodevices e desde então já foi aperfeiçoada, quer ao nível do visual, quer das funções disponíveis.

Para quem não está por dentro deste assunto, a maior inovação deste produto é a possibilidade de o médico de família ou o cardiologista poder verificar o esforço cardíaco de um doente nas suas atividades diárias, algo que até aqui não era possível.

“Como esta T-shirt é muito confortável, as pessoas conseguem fazer uma vida completamente normal e, assim, o cardiologista consegue ter uma avaliação exata do esforço cardíaco em contexto de vida real”, esclareceu Gabriela Bastos, administradora da Biodevices.

Na parte lateral da T-shirt há um pequeno aparelho, do tamanho de uma caixa de fósforos, com 50 gramas, que regista o ritmo cardíaco num cartão de memória SD. Além disso, esta caixa está equipada como um transmissor Bluetooth que permite ao utilizador ver em tempo real o seu batimento cardíaco e monitorizar, por exemplo, uma sessão de treino.

“Desde o início, que o objetivo deste projeto era exatamente pegar na tecnologia e transformá-la em roupa prática”, contou Luís Meireles, responsável pelo departamento comercial da Biodevices.

Atualmente, a Biodevices exporta, por ano, milhares de T-shirts para todo o mundo e mesmo em Portugal são vendidas muitas dezenas. “Aliás, os hospitais têm muito interesse em trabalhar connosco, mas como todos sabemos existe incapacidade financeira”, explicou ao DN Gabriela Bastos.

A aceitação internacional tem sido a melhor possível e os dois responsáveis estão de acordo num ponto: “Só os portugueses é que continuam a discriminar a tecnologia Made in Portugal. Todos os outros já sabem a nossa qualidade e do que somos capazes.”